Você “tem que” consagrar, energizar, limpar o seu tarô.
Não é bem assim, jovem padawan.
Quando adentramos o universo do tarô, chegamos cheios de curiosidade, encantamento e ansiedade em querer aprender tudo sobre esse oráculo. E é nesse momento que caímos no balaio de informações fantasiosas, cheias de crendices e superstições. Isso é comum! Tendo em vista que inúmeros perfis, sites, vídeos ainda reproduzem esse tipo de conteúdo. Tudo isso resulta na visão estereotipada e preconceituosa acerca do tarô.
Para que a gente consiga quebrar essa visão é preciso entender o que é tarô e de onde ele vem, para que então a gente consiga compreender o porquê dessas imposições sobre a ferramenta.
As primeiras aparições do tarô datam do séc.XIV. Ele surge como representação artística, ferramenta de instrução moral – até então conhecidos como trunfos – e jogo lúdico. Sim, isso mesmo! Ele não surgiu como ferramenta oracular! Ele só passa a ser utilizado como oráculo a partir do séc.XVIII.
A ideia mística do tarô tem início no séc.XVIII, quando Court Gebelin afirma que o tarô é um livro que contém os segredos e conhecimentos oriundos do Egito. Nessa época, a Europa passava pelo período conhecido como, Egiptomania, era praticamente, uma epidemia cultural que influenciou todo tipo de produção artística, o que contribuiu para que essa teoria fosse aceita.
E assim se inicia a associação do tarô ao mágico, místico e sobrenatural e que até hoje paira nos ares do nosso nicho e fomenta as superstições e os mitos sobre o tarô. Há quem diga que tarô só funciona se for consagrado, que não se pode jogar tarô à noite, que o primeiro tarô não pode ser comprado e diversas outras.
Precisamos entender que o tarô funciona independente se você acredita, se você impõe suas próprias crenças, se você ritualiza, se você consagra… Ele só não “funciona” se você não tem conhecimento sobre ele.
Tarô não está ligado a nenhuma religião, crença ou dogma. Quem possui tudo isso somos nós. E isso não o torna menos “mágico”, pelo contrário. É isso que faz com que o tarô seja uma ferramenta tão fantástica! Porque ele nos dá a liberdade de construir nossa abordagem, seja ela qual for.
Você não “tem que” fazer nenhum tipo de ritual no qual você não se afina ou sente necessidade. Você tem que fazer aquilo que tem sentido para você!
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